NADA Literal: Nenhum Espelho, Nenhuma Margem

terça-feira, 19 de março de 2013

Nenhum Espelho, Nenhuma Margem

Para inaugurar as discussões do N.A.D.A Literal escolhemos Guimarães Rosa e suas Primeiras Histórias. Desta obra, foram destacados três contos: As margens do Rio; O Espelho; Nenhum,Nenhuma, discutidos, respectivamente por: Gilberto de Noronha, Suelen Simião e Paula Santos. Sobre tais, tentamos compreender os signos de Rosa e a sua singular escrita.
Por ser o primeiro encontro, também aproveitamos para formalmente institucionalizar o grupo N.A.D.A Literal, discutindo sobre as próximas reuniões, o objetivo do grupo e o que esperamos deste. Os debates foram animados, motivando a todos para as próximas reuniões.

Agradecemos a participação de todos, esperamos vocês no próximo mês!

Guimarães Rosa

"Teve Bão!"

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L etra, palavra, texto... Por ser literal surge o óbvio, o que na letra está nítido, na palavra se vê, no texto se traduz. Para tanto ou para pouco, se faz, literalmente, insuficiente no preencher da imaginação humana. Para aquietar a mente e a alma, insaciáveis na sua (in)finitude, procura-se o que não se vê, mas que latente se sente, no que se vive anterior e posterior ao encontro com a “literalidade” da letra, que permeia exteriormente e o que está nas entranhas do que se lê. Nesta busca, não fugimos da letra, mas nos negamos, ao pé da letra, o que ela expressa como verdade. Afinal, o que é verdade? Não puxamos a letra pelo pé, mas a abraçamos, descobrindo seus segredos, suas mentiras, sua essência e seus objetivos. Amemos a letra e a negação de sua auto-suficiência!