quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dos Pampas aos Confins do Sertão

Nossa 2ª JorN.A.D.A Literal superou todas as expectativas! Contou com a participação significativa dos alunos de diversos cursos da UFU, em especial do Curso de Letras, o que contribuiu para o aprofundamento da discussão proposta! Apesar de compacto nosso encontro foi rico e proveitoso.
Guilherme Damasceno e Matheus Oliveira expuseram de forma intrigante suas ideias sobre as respectivas obras: Vila dos Confins de Mário Palmério e Música ao Longe de Érico Veríssimo. As discussões giraram em torno do “lugar” do regional na literatura brasileira. As abordagens regionalistas, não raro, são vistas como literatura menor. Por quê? Quais as implicações históricas, políticas, econômicas e estéticas desta avaliação? Eis algumas das questões que nos ocuparam. Por fim, tratou-se do regionalismo a partir do que ele nos faz lembrar, do repertório simbólico que ele mobiliza nos leitores contemporâneos. Discutimos sobre distância espaço-temporal das duas obras e procuramos (re)estabelecer as aproximações possíveis entre as duas obras: a literatura regionalista de ambos os autores discutidos distanciam-se nas suas particularidades regionais e aproximam-se, ou melhor, universalizam-se nas temáticas tratadas; como por exemplo, na crítica à política coronelista, presente tanto em Vila dos Confins, quanto em Música ao Longe. “Vila dos Confins nasceu relatório e tornou-se romance, e “Música ao Longe” ambiciona o caminho inverso, partindo do literário para abarcar o real – realismo crítico de Érico Veríssimo.
Ampliamos nosso terreno ao perceber as particularidades das análises dos estudantes de Letras e de História, vislumbrando as possibilidades que este diálogo poderá trazer para nossa compreensão das tênues fronteiras entre literatura e História.

Agradecemos desde já a participação de todos, foi (anti-literalmente) um prazer recebê-los!
Aguardamos nosso próximo encontro, em Julho, para novas descobertas!

 
Mário Palmério                                                                   Érico Veríssimo
 "Teve Bão!"

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