segunda-feira, 16 de setembro de 2013

De Rosa a Lolita, a despedida do 1º Semeste das JorN.A.D.As



A discussão de encerramento com Lolita, de Vladimir Nabokov, foi de 1955 – época de publicação do livro -, passando por 1962 – com a primeira adaptação para o cinema de Stanley Kubrick -, e 1997, - com adaptação também cinematográfica por Adrian Lyne. 
A ideia original era uma análise sem comparações entre os filmes e o livro de Nabokov. O desejo de encontrar nas particularidades de cada obra seguiu-se por todo debate. E que particularidades seriam estas? As particularidades do tempo, como José Rivair Macedo escreveu: "Por vezes, um filme tem mais a dizer sobre o momento em que foi produzido do que a época que pretende retratar".
Iniciamos com uma discussão sobe o livro, após isto, uma rápida visita à algumas cenas de ambas as produções cinematográficas. Em ambos temos Humbert Humbert declarando seu amor por Lolita, que Nabokov explicita como ninfeta corajosa, a qual aos olhos (e tempos) de Kubrick ganha uma delicadeza amadurecida, e com Lyne toques de sensualidade com um jeito de moleca.
As roupas, as falas, os cenários, as personagens e a produção: dois filmes, que partem de um mesmo livro, com imagens totalmente diferentes!
Seria a censura em Kubrick, que gerou um antierotismo em suas cenas?
Seria a música pop em Lyne, dando um ar mais jovial a Lolita?
As tomadas, em Lyne, mais rápidas, diversa em ângulos, enquanto as de Kubrick, mais lentas, maiores, definindo de antemão qual seria o foco, e cortando quando houvesse "necessidade" de não mostrar ?
Sobre estas questões discutimos, argumentamos e, algo que se mantém constante nas JorN.A.D.A's deste núcleo, nos divertimos. 
Saímos, todos, com desejo de mais!
Mais Lolita, mais Humbert, mais Cinema, mais Literatura...
Muito mais literatura!

De Lolita nos restam as boas lembranças, algumas discussões fruto de nosso encontro e os certificados!
Acesse-os AQUI.

Já do N.A.D.A Literal, agradecemos a cada curioso, interessado e destemido que participou deste primeiro cronograma. A presença de vocês enriqueceu nossas tardes de terça-feira, bravamente cruzamos as margens de Guimarães Rosa, nos perdemos e nos encontramos no regional de Érico Veríssimo e Mário Palmério, descobrimos as Memórias de algumas Putas Tristes, depois de tantas lembranças, buscamos em Borges o agrado do esquecimento, e por fim voltamo-nos ao tempo, aos tempos de Lolitas e Humberts.
Logo mais, postaremos mais novidades e nosso novo cronograma para o próximo semestre!


"Teve Bão"                                           Vladimir Nabokov

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